Motoristas e entregadores de aplicativos fazem greve nacional por melhores condições
Nesta segunda-feira (15), milhares de motoristas e entregadores de aplicativos como Uber, 99, Indrive, Ifood e Rappi paralisaram suas atividades em várias cidades do Brasil. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e remuneração, diante do alto custo do combustível e do baixo valor das corridas e das entregas.
A greve foi organizada pela Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), que representam cerca de 300 mil trabalhadores. Segundo eles, as plataformas não oferecem segurança, dignidade e respeito aos profissionais, que sofrem com banimentos injustos, tarifas abusivas e falta de ferramentas adequadas.
Os manifestantes pedem reajustes e repasses melhores nas tarifas, fim da taxa de cancelamento, aumento da transparência na distribuição das corridas e das entregas, entre outras demandas. Eles também cobram a aprovação do Projeto de Lei 419/2021, que regulamenta a atividade dos motoristas por aplicativo e estabelece direitos e deveres para as partes envolvidas.
O projeto está tramitando em regime de urgência na Câmara dos Deputados, mas ainda não tem data para ser votado. Os grevistas temem que a proposta seja engavetada ou alterada para favorecer as empresas.
A greve não teve bloqueios de ruas ou atos públicos, apenas o desligamento dos aplicativos por 24 horas. Os usuários relataram dificuldade para encontrar motoristas e entregadores disponíveis e preços mais altos.